Apesar do avanço inquestionável dos tratamentos farmacológicos (e da sua eficácia) muitos dos doentes continuam em luta e sofrimento, com resultados terapêuticos pobres ou inconsistentes, e com taxas significativas de recaída. Para os serviços de saúde mental e respectivos técnicos a doença afectiva não deixa de ser complexa e desafiante. A inclusão nos protocolos terapêuticos de intervenções psicossociais é necessária, sendo a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) a mais conhecida e validada empiricamente. A natureza psicoeducativa da TCC, a sua eficácia em associação conjunta com a terapia farmacológica e a prevenção da recaída são algumas das razões objectivas para a utilização desta terapia. Existem, como é óbvio, limitações inegáveis na intervenção se a abordagem médica for apenas a única via de tratamento.
A presente formação pretende abordar num primeiro momento aspectos relativos às perturbações afectivas, tais como diagnóstico clínico, características clínicas e epidemiologia, com especial incidência para a Perturbação Depressiva e Bipolar. Num segundo momento debater as especificidades da avaliação quer cognitivo-comportamental, quer psicopatológica. Num terceiro momento serão apresentadas as fases de tratamento cognitivo-comportamental, e debatidas as estratégias terapêuticas a usar em cada uma dessas fases. Serão também discutidos aspectos relevantes relativos à relação terapêutica. Os pontos referidos serão ilustrados com recurso à apresentação e discussão de casos clínicos. (role-play)

Objectivos

1. Breve descrição da prevalência e das características clínicas
2. Avaliação e especificidades da relação terapêutica
3. A mente depressiva e bipolar e o modelo de vulnerabilidades ao stress
4. Tratamento Cognitivo-Comportamental: objectivos e estratégias terapêuticas

Conteúdos Programáticos

1. Avaliação da Perturbações Afectivas: critérios clínicos, diagnóstico diferencial e características clinicas
2. A Função dos sintomas depressivos e bipolares. A importância do Modelo de Vulnerabilidade ao Stress. A importância da sinalização precoce dos sintomas. O problema da reactividade cognitiva.
3. Objectivos e fases do tratamento Cognitivo-Comportamental

Metodologia

Abordagem teórico-prática. Método expositivo. Análise e debate crítico de casos clínicos. Recurso à dramatização e a trabalhos de grupo para aplicação e treino de determinadas competências clínicas.

(Condições especiais de pagamento: Pagamento faseado em 2 prestações)

Horário

9h00-13h00 / 14h00-18h00

14, 21 e 28 de Novembro de 2015
12 de Dezembro de 2015

Formadores

Paula Castilho

Doutorada em Psicologia, Professora Auxiliar na FPCEUC