Como pais, todos queremos o melhor para os nossos filhos. Por isso, se estão a ver mal levamo-los ao oftalmologista; se partem o braço ao ortopedista; se os dentes estão estragados ao dentista.
No entanto, quando os nossos filhos nos dizem que estão ansiosos ou quando nos parecem tristes, muitas vezes não sabemos o que fazer.
De facto, tal como os adultos, as crianças e os adolescentes passam por períodos mais desafiantes nas suas vidas. Mudanças de escola ou de ciclo, perda de um familiar próximo, separação ou divórcio dos pais, afastamento do(a) melhor amigo(a), doença são transições que podem ter um impacto nas suas vidas acerca do qual muitos não conseguem falar.
A literatura aponta alguns sinais que podem funcionar como alertas vermelhos e que podem ajudar os adultos (pais ou outros cuidadores) na hora de tomar a decisão de levar ou não os filhos ao psicólogo:
- Mudança nos hábitos alimentares ou de sono: por exemplo, passar a dormir muito mais ou muito menos; ou uma mudança significativa nos hábitos alimentares.
- Envolvimento em comportamentos auto ou hetero-destrutivos: auto-dano (por exemplo, cortes), roer as unhas até fazer sangue, consumo de álcool ou drogas.
- Sentimentos intensos de tristeza ou ansiedade que perduram no tempo e interferem com o dia-a-dia da criança/jovem.
- Comportar-se mal em casa ou na escola (quando tal comportamento não existia anteriormente). Muitas crianças/jovens manifestam o seu mal-estar através de comportamentos desadequados e agressivos.
- Isolamento social e distanciamento dos colegas
- Comportamentos regressivos, como voltar a fazer chichi na cama, grande dependência dos pais, birras intensas que já não existiam.
- Aumento de queixas somáticas, como dores de cabeça ou dores de barriga.
- Falar da morte com frequência
Vale a pena ficar atento, observar a frequência e intensidade destas alterações e, se for o caso, procurar ajuda o mais rapidamente possível.
Autores
Equipa Psik